Morreu a aposentada Maria Cândida Bengochea

Fotos: Arquivo Pessoal

A aposentada Maria Cândida da Silva Bengochea, 79 anos, dedicou a vida a fazer o bem. Nascida em São Borja, ela cresceu na zona rural junto a 15 irmãos, dos quais apenas dois ainda estão vivos.

Aos 47 anos, Maria se mudou com a irmã Felícia Bengochea, 77, para o Coração do Rio Grande, onde passou a morar com o único filho, Luiz Carlos Bengochea, 58.

Luiz Carlos conta que, na época em que a mãe nasceu, era comum que se registrassem vários filhos de uma só vez:

-Tinha a brincadeira que meu vô registrou todos com quase com a mesma idade. O aniversário dela era comemorado na data do registro.

Maria era muito religiosa e fez questão de passar a devoção católica ao filho. Ele conta que a religião foi um dos pilares que ajudou Maria a criá-lo

- Ela me ensinou a ter fé e a rezar. A mãe me criou sozinha. Era ótima, tinha toda atenção para mim, porém, era firme comigo. Era eu por ela e ela por mim - emociona-se o filho.

Antes de se aposentar, Maria trabalhou como cozinheira no antigo Hospital São Francisco em São Borja. Quando veio para Santa Maria, se dedicou ao trabalho voluntário e religioso. Foi guardiã na Catedral Metropolitana de Santa  Maria e, em seguida, se juntou ao grupo voluntário da Paróquia da Ressurreição, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes.

A presidente do grupo Ani Mari da Silva, 65 anos, lembra com carinho o esforço de Maria em trabalhar na Paróquia:

- Nossas atividades incluem visitar e fazer orações com enfermos e idosos. Maria era muito esforçada e fazia tudo com alegria e boa vontade.

Felícia conta que a relação com a irmã era de companheirismo. Além disso, era uma referência de força para a família:

- Tranquila, atenciosa e conselheira, Maria Cândida gostava de cuidar das pessoas. Agora, guardo no coração tudo o que vivemos juntas.

Para amigos e familiares, fica a saudade de alguém que muito ensinou por meio do exemplo e da humildade. Luiz acrescenta que Maria será lembrada para sempre pelos momentos de alegria:

-Ficam muitas lembranças boas. Para a mãe, não tinha hora ruim. Valorizar as amizades e ter respeito com todos são algumas das tantas lições positivas que ela me deixou.

Maria Cândida faleceu em 10 de fevereiro. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal. A família preferiu não divulgar as causas do falecimento.

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